28/11/2008

Triângulo do escopo

Triângulo do escopo

O projeto é um sistema dinâmico que para atingir seus objetivos com eficiência e eficácia deve ser mantido em constante equilíbrio.

A figura abaixo ilustra a dinâmica do triângulo do escopo.



A área do triângulo representa o escopo e a qualidade do projeto. As linhas que representam o tempo, o custo e disponibilidade dos recursos variam de acordo com a abrangência do escopo e os níveis de qualidade.

O plano do projeto é o documento que informa o tempo, o custo, e os recursos necessários para executar o projeto dentro dos limites definidos para escopo e qualidade. Ou seja, o plano do projeto soemente deve ser aprovado após uma análise dos compromissos de tempo, recursos e de custos para a verificação se há equliíbrio.

É esperado também que a elaboração do plano do projeto não seja demasiado longo, pois a cada dia, mais mudanças ficam sujeitas a ocorrer.

Qualquer Gerente de Projetos sabe que após o trabalho começar, mudanças sempre podem acontecer. Por exemplo: os pedidos dos clientes que não foram mapeados, as oportunidades do mercado que mudaram, ou problemas com um recurso-chave que é muito difícil de substituir. Estes fatores podem colocar o projeto em situação de desequilíbrio.

A importância do gerente de projeto está na atuação do controle eficiente da utilização e o trabalho dos recursos, bem como o custo dos controles e o nivelamento dos recursos. Além de gerenciar os stakeholders na definição da abrangência do escopo, dos níveis de qualidade, e a definição das datas de entrega.

Baseado nestes pontos, o gerente de projetos pode criar soluções para absorver melhor as mudanças no projeto, sempre com o modelo mental do Triângulo do escopo.

27/11/2008

A Navalha de Occam

"Pluralitas non est ponenda sine neccesitate"

"A pluralidade não deve ser colocada sem necessidade."

William of Ockham (ca. 1285-1349).

Filósofo inglês medieval e monge Franciscano, excomungado pelo Papa João XXII.

A navalha de Occam era um principio muito presente na filosofia medieval, e seu nome é devido ao fato de William of Ockham a utilizar frequentemente.

A navalha de Occam é tambem chamada de "principio da parcimônia" ou "princípio da economia". Ela pode ser interpretada como

"entre 2 teorias que explicam igualmente os mesmos fatos, a mais simples é a melhor"

ou

"não multiplique hipóteses desnecessariamente."

No mundo da Filosofia, a navalha de Occam é o principio frequentemente usado por Filósofos da Ciência num esforço de estabelecer critérios de escolha de uma entre várias teorias com igual valor explicatório.

Os Filósofos da Ciência orientam que quando der razões explicativas para algo, não postule mais que o necessário.

Um exemplo clássico do uso deste principio pode ser visto na discussão histórica em torno da estabilidade do Universo:

Isaac Newton estava convencido de que os planetas não poderiam permanecer imutavelmente em suas órbitas sem a interferência de Deus. Imaginava o Universo como um relógio, o qual Deus teria posto em movimento na Criação e que precisava ser corrigido de tempos em tempos. Sem Deus agindo como um relojoeiro celeste, calculara Newton, os planetas, acabariam arrefecendo seu movimento devido às mútuas influências gravitacionais, desviando-se de suas órbitas até colidirem entre si.

Foi somente um século depois de Newton, que Laplace mostrou, com a ajuda de métodos matemáticos de aproximação, que se os planetas não se desviavam de suas órbitas era porque as interferências gravitacionais entre eles se compensavam e anulavam-se a longo prazo.

Quando indagado por Napoleão sobre por que Deus estava ausente de sua teoria, Laplace respondeu:

"-Sire, não precisei desta hipótese."

Laplace havia aplicado a "Navalha de Ockham" à sua cosmologia. Entre as teorias, uma exigia a existência de uma superentidade e a outra apenas fenômenos observados. Laplace escolheu a segunda, aquela com o mínimo de suposições necessárias para explicar todos os fatos observados, ou seja, aquela com o menor número de "razões suficientes".

O polêmico Von Daniken podia estar certo quando dizia que era perfeitamente possível que extraterrestres tenham ensinado antigos povos na arte e na engenharia. Mas, ao aplicar a Navalha de Occam vemos que não precisamos postular visitantes extraterrestres para explicar os feitos desses povos. Bastava apenas não subestimar a inteligência daqueles seres-humanos baseados no que restou após centenas de anos.

Por que postular pluralidades desnecessariamente?

Atenção: Como todo princípio científico mal compreendido e vulgarizado pela repetição, a Navalha de Ockham se tornou um bordão utilizado indevidamente por leigos e por céticos ansiosos demais em descartar explicações incomuns. Não seja assim! Não deixe de considerar as hipóteses.

Note que a Navalha de Occam não diz que quanto mais simplória a hipótese, melhor.

O principio original parece ter sido invocado num contexto de uma crença na noção de que a perfeição é a própria simplicidade. Não é isso!

Quando se diz que a teoria mais simples é a correta não se quer dizer que a teoria mais fácil de se entender é a correta. Em primeiro lugar porque

simplicidade é um critério pessoal e subjetivo.

e

A natureza certamente não tem vocação para a simplicidade.

Na verdade, à medida que nos aprofundamos nos conceitos, ocorre justamente o contrário e as explicações tornam-se cada vez mais complexas. É preciso compreender que a Navalha de Ockham não trata de descartar hipóteses só porque são mais difíceis de entender. O que ela propõe é que se descarte as hipóteses que em igualdade de condições com outras, possuem mais suposições ou mais pressupostos, já que quanto mais suposições, maior a chance de que alguma delas esteja errada.

Sendo assim, o princípio da economia de Ockham se revela uma diretriz, não uma regra; uma indicação de qual caminho seguir, não um sentido obrigatório; ou seja, apenas bom senso sistematizado, que no fundo é tudo do que trata o método científico.

O fundamento de tudo disso está no pensamento dos medievais e dos gregos antigos. Pois, tal como eles, atualmente a maior parte das nossas disputas não são acerca do principio, mas do que conta como necessário.

21/11/2008

*Avaliação de Desempenho *

*Gestão de Pessoas por Competência*

*Avaliação de Desempenho *


* O dono de um açougue foi surpreendido pela entrada de um cão no seu estabelecimento.
Enxotou-o, mas o cão voltou logo em seguida. *
* Ao tentar espantá-lo mais uma vez, reparou que o cão trazia um bilhete na boca. *
* Ele pegou o bilhete e leu: *
* - Pode mandar-me 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor?*
* O cão trazia também dinheiro na boca, uma nota de 50 reais. *
* O açougueiro pegou o dinheiro, pôs as salsichas e a perna de carneiro num saco e
colocou tudo na boca do cão.*
* Este começou a descer a rua e, quando chegou ao cruzamento, depositou o saco no chão,
pulou e apertou o botão para o sinal ficar verde.*
* O açougueiro ficou realmente impressionado. Como já estava na hora, decidiu fechar a
loja e seguir o cão.*
* Este atravessou a rua e caminhou até uma parada de ônibus, sempre com o açougueiro a
segui-lo.*
* Esperou pacientemente com o saco na boca que o sinal fechasse e pudesse atravessar.*
* Na parada, o cão sentou-se no banco, esperando o ônibus.*
* Quando um chegou, o cão foi até à frente para conferir o número e voltou para o seu lugar.*
* Outro ônibus chegou e ele tornou a olhar, viu que aquele era o número certo.*
* O açougueiro, boquiaberto, seguiu o cão.*
* Mais adiante este levantou-se, ficou em pé nas duas patas traseiras e apertou o botão
para mandar parar o ônibus, tudo isso com as compras ainda na boca.*
* O açougueiro e o cão saltaram e foram caminhando pela rua até que o cão parou à porta
de uma casa e pôs as compras no passeio.*
* Então virou-se um pouco, correu e atirou-se contra a porta. Tornou a fazer o mesmo mas
ninguém respondeu.*
* Então contornou a casa, pulou um muro baixo, foi até à janela e começou a bater com a
cabeça no vidro várias vezes.*
* Caminhou de volta para a porta e, de repente, um cara enorme abriu a porta e começou
a espancar o bicho.*
* O açougueiro correu até ao homem e impediu-o dizendo:*
* 'Deus do céu homem, o que é que você está fazendo? O seu cão é um gênio!'*
* O homem respondeu: 'Um gênio? Esta é a segunda vez esta semana que este cão estúpido
se esquece da chave!'.*
**

*Moral da história?*
* Você pode exceder todas as expectativas, mas a sua avaliação depende sempre da
competência de quem o avalia.*

15/11/2008

Gerenciar os Stakeholders: Uma abordagem estratégica


Por que gerenciar os stakeholders de um projeto é tão importante?

Atualmente, mais do que nunca, o maior desafio de um gerente de projetos não são as restrições de orçamento ou os de prazo, mas as questões políticas que estão involvidas no projeto...

Todos que têm um interesse (positivo ou negativo) nos resutados de um projeto são chamados de stakeholders. Pode ser o cliente, gerentes funcionais, usuários, funcionários impactados, fornecedores, patrocinadores, diretores e etc.

A vida seria melhor se todo stakeholder fosse prestativo e um entusiasta de todos os projetos. Infelizmente, isso não acontece...

Entre os stakeholders existem aqueles que são capazes tanto de alavancar como derrubar um projeto. São os chamados key-stakeholders. E cabe ao Gerente de Projetos mantê-los gerenciados de tal forma que não haja influências negativas no projeto. Porém, isso não é uma tarefa simples, daí o PMI reservar um processo dedicado a esse tema no PMBOK 2004. E quando o GP falha nessas atividades, muita coisa pode dar errado.

O segredo é o gerente de projetos tomar essa variável como um objetivo, e não como um problema.

Sim! E a melhor maneira de traçar esse objetivo é criar perfis de stakeholders que objetivamente indicam como cada um deles deve ser gerenciado.

Basicamente, os key-stakeholders podem ser classificados da seguinte maneira:

  1. Destrutivos: a sua intenção é a de influenciar as decisões e desejam estar altamente envolvidos, mas realmente não dão apoio ao objetivo e têm sempre uma posição negativa sobre os esforços.
  2. Passivos/Neutros: apesar de saber que podem influenciar as decisões, não se interessam nem participam, e desejam um envolvimento pro forma, e talvez por isso, geralmente apoiam bem ao objetivo e têm atitudes saudáveis sobre os esforços.
  3. Construtivos: a sua intenção é a de influenciar as decisões e desejam estar altamente envolvidos e, geralmente, possuem os caminhos para gerenciar os Destrutivos. Além disso, são claramente apoiadores e têm sempre atitudes positivas sobre os esforços.
Dá para perceber que não há grandes mistérios para ser eficaz nessa atividade. O conceito está em dois elementos: a força do stakeholder e a sua intenção no projeto.

E, também, é de se notar que tanto o stakeholder Construtivo como o Destrutivo precisam de comunicação face a face, documentação disponível, direcionamento constates de emails e Relatório de Desempenho regulares.

Uma última dica que se pode tirar daí, é observar os númentos de stakeholders construtivos e destrutivos que estão no projeto.

O GP precisa desenvolver ações que torne, um a um, cada stakeholder destrutivos em um aliado, pois sua influência e envolviemento são potenciais para trazer benefícios para o projeto. Lembre-se que:

"Ao tornar meus inimigos em amigos, não destruí meus inimigos?".
(Abraham. Lincoln)

Para fazer isso, vejamos algumas boas práticas (se possível fazer desde o Termo de Abertura):

  1. Conheça o motivo: mapeie o que está por trás das suas atitudes negativas.

  2. Persuasão (i) - realize ações básicas: ofereça facilidades de comunicação, cordialidades e colaboração.

  3. Persuasão (ii) - mantenha-o envolvido, consulte sempre as suas idéias (isso não formaliza decisões e o mantém temporariamente confortável);

  4. Escalonamento: compartilhe as idéias e atitudes negativas com os stakeholders construtivos e solicite colaboração;

  5. Planejamento: planejar e elaborar estratégias junto com os construtivos, o melhor formato de conduzir o projeto.

Caso o número de stakeholders destrutivos for muito maior, comuns em projetos de mudanã de cultura, procure também trabalhar junto aos Neutros de forma a melhorar o ponto de vista deles, dando a importância no seu envolvimento e comprometimento com o sucesso.


Atenção: Essas ações não necessariamente entram no plano do projeto. Geralmente, são tratadas confidencialmente entre o GP e seu Patrocinador(es).

05/11/2008

Mais um PMP!

Gostaria de parabenizar o Gerente de Projetos
André Cavalcanti
pela grande conquista de passar na prova do PMP!!!!


Mais um na rede!

Abração e parabéns, meu camarada!