31/08/2008

PMExpo 2008

Em maio passado participei da PMExpo 2008 Virtual promovida pela GanttProject.

Fiz esse pps no mesmo dia da PMExpo (maio) para alguns colegas que não foram. Não reparem os erros. Não é uma apresentação-relatório, apenas é uma intenção de mostrar como é realizado um Congresso Virtual e os principais tópicos abordados.

Foi mttt interessante e estou esperando a próxima.

Expo2008
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29/08/2008

Artigo: A IMPORTÂNCIA DA NEGOCIAÇÃO PARA GERENTES DE PROJETO


Projetos são objeto de negociações ao longo de todo o processo e, segundo o PMBOK, o
gerente de projeto deve desenvolver as ‘Habilidades Interpessoais’, dentre as quais está a
Negociação e o Gerenciamento de Conflitos.
Este artigo, resultante da monografia de conclusão do curso de gerência de projetos da
FGV, tem por objetivo demonstrar o quanto as negociações estão presentes nos elementos
do projeto, direta ou indiretamente. Desenvolvemos os temas, Projeto, Negociação, Plano
de Projeto, utilizando uma revisão bibliográfica de diversos autores com o objetivo de criar
uma base teórica crítica dos conceitos utilizados.
Na elaboração da parte referente ao Projeto e ao Plano de Projeto, partiremos da
abordagem adotada pelo PMI – Project Management Institute,. Quanto às questões relativas
à Negociação estaremos usando outros autores, já que o PMI não aborda o tema.
por

Sonia Lopes, M.Sc.
lopes.sonia@gmail.com
José Antônio Patrocínio, M.Sc.
jose.antonio.patroci@terra.com.br
Quer ver o artigo completo? Faça o download abaixo



26/08/2008

Caminho Crítico de Recursos (CCR)

A Teoria do Caminho Crítico do PMBOK assume (premissa!!) que os recursos do projeto são ilimitados. Quanto mais exigente for o ambiente em que o projeto está inserido, há a necessidade de maior estudo e compreensão do cronograma. Atualmente, cada vez mais as empresas valorizam a melhor utilização do pool de recursos disponível para os projetos. Nessa linha, há a necessidade de saber redistribuir as cargas de trabalho dos recursos desses projetos e levar em consideração as dependências de recursos.



O nivelamento dos recursos pode alterar a folga total de uma atividade e, assim também, o Caminho Crítico. Atividades sem folgas de fato direcionam o prazo final do projeto. Como também as dependências que existem entre as atividades tal como "montar muro" e "pintar muro". Se a atividade “montar muro” sofrer um atraso, ela moverá a atividade “pintar muro” junto com ela, e isso atrasará o projeto como um todo.

Quando observamos além desses componentes (folgas e dependências), os recursos envolvidos, devemos fazer a mesma análise. Um mesmo recurso não pode realizar duas atividades ao mesmo tempo e, isso, frequentemente gera dependências entre atividades. Se João tem que realizar as atividades "Escrever" e "Ler" provavelmente será necessário que ele complete uma atividade primeiro e depois inicie a outra. No cronograma isso pode ser representado como uma dependência entre as duas atividades.

Há ainda a possbilidade de inserir mais um recurso e nivelar o esforço: cada recurso faz uma atividade. Isso gera mais velocidade ao projeto, mas mais custo.

Isso por si só mostra que os recursos envolvidos também influenciam (e muito!) o prazo final do projeto. No exemplo acima, após a constatação de que um mesmo recurso está em duas atividades concorrentes, se fez o nivelamento do projeto. Esse é o motivo de identificar um novo Caminho Crítico que leve em conta as dependências lógicas assim como também, as dependências de recursos. Tal caminho é chamado de Caminho Crítico de Recursos-CCR.

22/08/2008

ITTOs do PMBOK

Todo candidato a PMP tem que conhecer todos os ITTOs do PMBOK.
ITTOs são os Inputs, Tool & Techniques, Outputs de todos os processos do PMBOK.
Clique Aqui para acessar uma página com todos eles em inglês.
Baixe o arquivo abaixo, para ter uma planilha com todos os ITTOs em ptbr e faça os seus próprios flashcards.





15/08/2008

O incrível mundo dos cronogramas de projetos online

Por: JC Rodrigues
Montar cronograma para projetos online é uma das tarefas mais desumanas do mundo. Basta ver as diferenças entre o cronograma ideal, o cronograma que o cliente pede e o que é possível.
Fonte: Webinsider

A história começa sempre do mesmo jeito: a agência briga por mais prazo, o cliente acha um absurdo e quer o projeto entregue no menor tempo possível.



E por projeto considere o sentido mais amplo possível da palavra, que vai desde “um ajustezinho no texto”, a criação de “um banner simples, sem frescura” ou um site “que o rapaz aqui mesmo pode fazer” e pode desembocar na integração do front-end com 22 sistemas legados da companhia, desenvolvidos por áreas diferentes, em plataformas diferentes e certamente por pessoas que não estão mais na empresa para explicar o que aquela variável está fazendo ali…

Para tornar um pouco mais didática a descrição deste momento quase mágico vamos considerar a existência de três tipos de cronograma (a mágica, digamos assim, está no job description de quem é responsável por zelar pelos prazos).

O cronograma ideal

O cronograma ideal é aquele que não existe. É lindo, é completo… como o brinquedo caro que a criança deseja mas não pode levar para casa.

No cronograma ideal, os timings de análise, produção e implementação são sempre muito bem estimados e há previsão para duas ou três etapas de aprovação para cada fase. Geralmente é assim na primeira formulação, onde encontramos termos como “debriefing” e “3ª fase - Ajustes”. Uma vez feito, o próximo passo é salvar o baseline e esquecê-lo.

O principal problema para as agências e produtoras online é conseguir criar e produzir com um deadline já estipulado, usualmente atrelado à veiculação de uma campanha de mídia off. Mas não é assim com todo mundo? Bem, sim e não. Claro que todos no Brasil trabalham com prazos apertados; entretando, as diferenças entre a comunicação off e online comprometem geralmente o segundo.

Inicialmente, o processo criativo no ambiente online trabalha não somente sobre forma (como irá ficar, qual a “sacada criativa”), mas também sobre funcionalidade. Ou seja, o que afinal de contas o usuário vai “fazer” naquele resultado criativo.

Salvo exceções, filmes e anúncios impressos demandam um consumidor passivo, receptor da mensagem transmitida. No ambiente online, ninguém fica sentado “assistindo” ou “lendo” um site, pois há interatividade, sincronicidade, redes colaborativas e relacionamento; usuários deixam de ser espectadores e passam a agentes ativos, que realizam coisas.

Que me perdoem os mais tradicionais, mas é preciso mais tempo para conceber criativamente um ambiente assim e também produzí-lo. No ambiente off-line temos gráficas, produtoras de video e áudio, fotógrafos e uma rede de terceiros que dão corpo ao conceito criativo. A produção online na maioria dos casos é feita dentro da própria agência (se existirem terceiros serão para gerar elementos que deverão ser agrupados ainda dentro da agência).

Aliado a isto, da parte do cliente temos demoras em aprovações e a falta de compreensão sobre as diversas fases que compõem um projeto online. É importante sim gastar um tempo vendo arquitetura de informação e, depois de aprovado o layout, não, não e não dá pra alterar posicionamento dos elementos no website produzido (mas a gente acaba fazendo assim mesmo).
Em resumo, o cronograma ideal serve de referência desejável sobre como tudo funcionaria sem dores-de-cabeça.

Quando o despertador toca e voltamos à realidade, temos o que chamamos de:

O cronograma requerido

O mentor quase intelectual deste cronograma usualmente é o cliente. Nele estão refletidos variáveis incontroláveis como a convenção de companhia, uma reunião de staff ou apresentação de resultados.

O objetivo do cronograma requerido é o de, sobretudo, provocar úlceras nos gerentes de projeto e atendimentos em geral. Um pouco diferente do cronograma ideal, cuja existência resume-se a um plano superior, o cronograma requerido por vezes torna-se o cronograma real (dependerá da noção de realidade do cliente e da envergadura dos membros inferiores do atendimento).

Quando apresentado à equipe de produção interna, os comentários são os mais variados possíveis, sempre com um mesmo pano-de-fundo, geralmente envolvendo a progenitora do cliente (e do atendimento, claro).

Quando entretanto o “veja bem” funciona na contra-argumentação com o cliente, temos o:

O cronograma possível

Agora sim a sagrada escritura toma forma. O cronograma possível situa-se entre o cronograma ideal e o cronograma requerido (ok, convenhamos que puxando bem mais para o segundo do que para o primeiro).

Ao contrário de projetos de engenharia, por exemplo, cronogramas de projetos online são mutáveis, pois a natureza do trabalho envolve questões não previstas, como reduções repentinas de equipe, trabalhos simultâneos (pois ninguém é alocado pra somente UM projeto) e emergências em geral que acabam por comprometer os prazos inicialmente estipulados. Para quem mexe com isto, é como termos aproximadamente 15 baselines.

Mesmo no cronograma possível, as fases de execução do projeto não mudam (a não ser a redução do número de ajustes), onde pode-se citar:

  • Planejamento: fase onde os neurônios devem ser gastos para levantar todas as possibilidades, cenários, regras de negócio, fluxos, esquemas, perfis, permissões; enfim, ter claramente documentado como o projeto irá funcionar antes que algum diretor de arte pense (ouse) em abrir o Photoshop. Gasta-se tempo nesta fase para não perder tempo depois. E neste momento temos, além da aprovação do briefing em si (de-briefing), o fechamento de toda arquitetura de informação, deixando claro para o cliente que, embora o que ele veja sejam caixinhas cinzas dizendo “aqui vai x”, aquilo ali indica como funcionará o website dele depois de pronto.


  • Desenvolvimento: efetivamente a criação e produção do que foi conceituado anteriormente; se todo planejamento foi executado corretamente, esta fase fluirá com naturalidade. Eventualmente surgem detalhes em tempo de projeto, mas a única pergunta que não deveria ser feita é “como funciona essa área?”


  • Implementação: uma vez finalizado o projeto e exaustivamente testado internamente (dá-lhe estagiário!), passa-se o resultado final para avaliação do cliente, o famoso QA (Quality Assurance).
    O atendimento tem que estar mais do que presente nesta fase para garantir que ajustes solicitados pelo cliente sejam efetivamente ‘ajustes’ e não alterações no escopo do projeto ou alterações de layout depois de aprovado na fase de desenvolvimento. Vamos acabar fazendo do mesmo jeito, mas quanto mais puder ser validado, menos menções à supra-citada progenitora terão que ser feitas.

Em toda esta dinâmica algumas verdades absolutas (praticamente dogmas) precisam ser colocadas:

Cronograma deve ser feito em MS Project ou software similar; cronograma em Excel é uma aberração da natureza, um desacato, praticamente um sacrilégio.

Como estabelecer relações?

Como determinar precedentes entre as diferentes tarefas?

Ao ver um “crono” em Excel, de duas as duas: a pessoa não sabe usar o Project E não sabe usar o Excel (que é uma planilha de cálculo, não um coloridor de célula, por mais que células arco-íris sejam visualmente mais bonitinhas do que um Gantt todo azul e preto)

Ao montar um cronograma, considera-se no mínimo 10% do tempo total de projeto para QA e outro mínimo de 10% do tempo total de gordura. Gordura é aquele respiro que você tem para acertar o cronograma e responder pra alguém que te perguntar “E se der problema, hein…?”.

Quando algo der errado no projeto (e sempre dá), este tempo de gordura nos ajuda a ter um pouco de respiro; quando algo der ainda mais errado no projeto (sempre e infelizmente), o tempo de QA é comprometido e a equipe interna que realizar esta fase (quando der para realizar) em 1/10 do tempo estipulado inicialmente.

Quando algo der ainda mais e mais (sim, dois “mais) errado no projeto, geralmente a área de tecnologia acaba sendo pressionada, pois é a última etapa da fase de desenvolvimento - neste momento já temos velas acessas, oferendas e promessas feitas a santos (uma amiga, atendimento, ficará um ano sem comer chocolate após a entrega do último job).

Mas se tudo é tão corrido, quando sobra tempo para escrever estes artigos?
- Ah, você almoça?

JC Rodrigues - contato@jcrodrigues.com.br é publicitário, pós-graduado em Tecnologia Internet, professor na ESPM e gerente de projetos online da JWT. http://www.jcrodrigues.com.br/.

Hoje é Sexta-Feira!!!


14/08/2008

Project Sponsor - Patrocinador do Projeto

Baseado no artigo:
“The Executive Sponsor – the hinge upon which organizational project management maturity turns?”
apresentado por Terence Cooke-Davies, Ph.D., no Congresso realizado pelo PMI em Edinburgh / Escócia no ano 2005.


O PAPEL DO PATROCINADOR

“Uma forma de gerenciar por objetivos é definir o alcance das metas do Patrocinador dependendo dos resultados dos seus projetos”,

“Faça mais com menos projetos. Selecione e se comprometa apenas com os projetos que realmente suportem a estratégia e a visão da empresa”

Steve Jobs representa para o desenvolvimento e sucesso da Macintosh o mesmo que Michael Dell representa para a Dell.

Independente do tipo de negócio, existem super heróis que asseguram que projetos e estratégias estejam alinhados.


“O papel do Patrocinador Executivo não se limita à entrega do projeto”.

Está contemplada, também, a entrega dos projetos ou produtos certos para os clientes. A responsabilidade pela visão global e pelo alcance integral dos benefícios esperados com o projeto é do Patrocinador.

As funções do Patrocinador
Os Patrocinadores desempenham papéis diversos, porém relacionados. São eles:

• Dono do objetivo estratégico;

• Governante do projeto;

• “Amigo” do gerente do programa ou projeto nas esferas mais altas da empresa;

• Defensor do projeto.

“Em termos de eficácia, um Patrocinador está posicionado na empresa de uma forma tal que o permite enxergar e considerar todas as opções estratégicas antes da aprovação do projeto, assegurando que ele receba os recursos adequados e que o time tenha a autoridade suficiente para alcançar as metas propostas”. De forma análoga, ele percebe que os Patrocinadores levam o projeto no caminho da eficiência utilizando indicadores clássicos de prazo, custo, escopo e qualidade, e também fatores relacionados com saúde, segurança e impacto ambiental.

“O papel do Patrocinador é assegurar a qualidade do objetivo estratégico, alocar as responsabilidades às pessoas corretas na empresa, e certificar que os critérios de desempenho técnico estão alinhados com o plano de negócio.”

“As organizações estão tornando os Patrocinadores responsáveis pelos benefícios do projeto. Elas não apenas estão fazendo com que os Patrocinadores aprovem o plano de negócio e assumam responsabilidade pela implementação do mesmo, como também amarrando seu bônus com os resultados dos projetos”.

“O Patrocinador trabalha com o Gerente de Projeto para assegurar que o empreendimento está preparado para o sucesso.” De fato, é este nível de responsabilidade, juntamente com paixão e motivação, que levam aos resultados. “Se o seu Patrocinador é responsável pelos benefícios do projeto, ele considerará, por exemplo, o gerenciamento de riscos, de uma forma mais séria e adequada ao projeto”.

Comportamento a ser aprendido

O Patrocinador deve atuar como defensor do projeto, demonstrando paixão, obtendo envolvimento ativo da equipe, e removendo as barreiras para o sucesso do empreendimento. Os Patrocinadores devem assegurar que todos envolvidos no projeto estejam cientes sob suas responsabilidades, atribuindo a eles os poderes necessários para que o trabalho seja feito.

Projetos Certos

Antes de colocar em práticas as tarefas rotineiras dos Patrocinadores, deve se assegurar a correta seleção dos projetos para execução. “O envolvimento dos Patrocinadores é crítico para definir se e como o projeto deve ser iniciado. Mais importante do que gerenciar é escolher corretamente o projeto.”, “Se o líder acredita que o programa e o projeto são necessários para implementar a estratégia da empresa, então o gerenciamento de projetos ganha força”.

13/08/2008

The Complete PMO Handbook - RESUMO - 2ª parte

As funções do PMO
São 20 funções-modelos, agrupadas em 5 categorias, para a aplicação prática das soluções de supervisão, controle e apoio ao ambiente de gerenciamento de projetos:

  1. Gerenciamento de Práticas;
  2. Gerenciamento de Infra-estrutura;
  3. Integração de Recursos;
  4. Suporte Técnico;
  5. Alinhamento com o Negócio;


20 Pm
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11/08/2008

Oratória X Scramble Eggs

Os gregos foram verdadeiros amantes do discurso e aprecivam a eloquência da fala mais do que qualquer outro povo antigo. Na Grécia, com a democracia, o povo passou a ter a cultura de reunir-se em assembleia geral para tratar e decidir todos os tipos de questões. Logicamente, os que melhor falavam eram também os mais influentes. Não é preciso dizer muito que rapidamente os dotes oratórios se tornaram objetos de estudo e de grande valor.

Os menos hábeis na oratória tinham de pedir a ajuda dos mais preparados. Logo, floresceu, então, uma classe profissional de especialistas na arte de bem falar e escrever.

Por meados do séc. V a. C., as técnicas já estavam fundamentadas e bem utilizadas e surgiram os primeiros tratados de retórica, atribuídos a Kórax e Tísias, praticamente direcionados à oratória forense e com relevância nos truques do orador para vencer em juízo.

A grande referência da técnica da retórica foi o sofista Górgias. Para ele, a oratória deveria excitar o auditório até o deixar completamente persuadido. Não lhe interessava a verdade objetiva, mas tão somente o convencimento dos ouvintes.

Para isso, o orador deveria saber adaptar-se ao carácter dos que o ouviam. E teria de usar uma linguagem brilhante, cheia de efeitos, figuras e ritmos, sem obediência a qualquer finalidade política ou forense e orientada fundamentalmente para fazer realçar a si próprio.

Quando Aristóteles chegou a Atenas, Isócrates era o mais famoso e influente Mestre de retórica e possuía uma escola mais bem sucedida que a Academia de Platão, com a qual era rival na formação de mancebos.

Isócrates acusava os sofistas (aqueles que cobravam pelos seus serviços) de perderem o seu tempo e fazerem perder o dos demais com subtilezas intelectuais sem qualquer relevância para a vida, para a política ou para a ação.

Igualmente condenava os retóricos formalistas por inculcarem nos seus alunos a falsa ideia de que a aplicação mecânica de um receituário de regras ou truques poderia levar ao êxito.

Isócrates proclamava a necessidade de uma formação integral, uma Filosofia onde a retórica era relevante.
Platão era contra essa concepção por achar que o ensino de Isócrates também era frívolo e superficial, dirigido unicamente ao êxito social, ficando à margem de todo o questionamento filosófico ou científico sobre a natureza da realidade.

Aristóteles insurge-se contra os retóricos que o precederam, acusando-os de se terem contentado com o compilar de algumas receitas e um sem número de subterfúgios ou evasivas aplicáveis à oratória, que visam apenas a compaixão dos juízes.

Aristóteles afasta-se de toda a concepção negativista da retórica, reconhecendo-lhe finalmente a dignidade de fundamento e de uso que até aí tanto fora questionada, especialmente por Platão e seus seguidores.

Hoje, a técnica retórica é considerada útil para todos os cidadãos e até para os filósofos, pois perante os auditórios populares que formam as assembleias e os tribunais, de nada servem as demonstrações puramente científicas, sendo imprescindível recorrer à retórica, para obter o entendimento e convencer os restantes co-participantes. Se não, corre-se o risco de ser vencido e ver a verdade e a justiça escamoteadas.

Já ouviu falar de SCRAMBLE EGGS???
É uma técnica utilizada, principalmente por pessoal técnico, para dar a um certo profissional a razão em tudo e ter autoridade no assunto. O profissional utiliza especificações técnicas e jargões da área para tornar assuntos relativamente fáceis de ser entendidos em assuntos extremamente complexos. Isso gera valor para sua expertise.


Porém, ao se encontrar com profissionais de gerenciamento, esses profissionais "scramble eggs" são geralmente desmascarados. Por isso, não gostam de compartilhar seu "conhecimento" e evitam falar com outras pessoas senão aquelas que já conhecem e podem aplicar o "scramble eggs". Projetos com pessoas scramble eggs, geralmente são gerenciados em 2 níveis: um de gerenciamento e outro técnico. Não se misturam e não há colaboração. Apenas, conflitos de interesses e acordos sucessivos. Não há como dominar um profissional scramble eggs, é um tormento para um projeto. O Gerente de Projetos deve-se basear nas técnicas de gestão de pessoas de tecnologia e contar com patrocínio forte para poder dar ritmo à execução e contar com um planejamento técnico sob seu controle.

Deming, o Gerente de Projetos - 1ª parte

Dr. W. Edwards Deming foi um gigante na disciplina da melhoria contínua. Ele ofereceu 14 princípios-chaves para o gerenciamento transformar e manter a eficácia, a eficiência e a qualidade.


Os 14 pontos de Deming, originalmente direcionados para as operações, podem ser modificados para se adaptar especificamente ao campo de gerenciamento de projetos, prncipalmente para Escritórios de Projetos.

Ponto 1: Melhoria partindo do Topo
Há a necessidade de comprometimento da alta gestão para tornar a melhoria contínua como prioridade. E para fazer isso, a maior parte das empresas precisam implementar um Escritório de Projetos ou Project Management Office (PMO) de onde as atividades de melhoria contínua podem ser baseadas, por exemplo, no domínio de uma metodologia e de treinamentos. O PMO deve implementar sistemáticas que assegurem que as melhores práticas e lições aprendidas sejam implementadas. Somente disseminiar não é suficiente, é preciso incorporá-las dentro da metodologia.
Muito do Gerenciamento de Projetos atual é muito tático e sem base estratégica. É importante ter a perspectiva da sistemática completa;

Ponto 2: Cultura Cooperativa
Projetos podem se tornar verdadeiros campos de batalhas quando não há um ambiente com a filosofia do ganha-ganha nos conflitos gerados entre gerentes de projetos, equipes, patrocinadores e outros stakeholders.
Já nas fases de iniciação e planejamento, claramente defina o WIIFM (what’s in it for me - "o que é meu") para todos no projeto.
Isso ajudará a criar um ambiente de "grande e único time" nas fases de execução, com pessoas desejando ser criativas e tomando riscos de forma orientada, pois elas saberão o que podem ou não fazer pelo "grande e único time".
Nas fases finais do projeto, todos devem ser envolvidos na celebração juntos. Evite a segregação do time em diferentes comemorações.

Inpirado no artigo de Deming, The PM - 1st part de Josh Nankivel (July 17, 2008)

Josh Nankivel is a Project Planning & Controls Control Account Manager and contractor for the ground system of the LDCM mission, a joint project between the USGS and NASA. He can be found writing and contributing in many places with the project management community, including The PM Student, USSC Extension in Silicon Valley and the International Community for Project Managers.



08/08/2008

Hoje é Sexta-feira!!!

Pessoal, bom final de semana! Que vcs tenham ou proporcionem um Feliz Dia dos Pais!

A minha dica da semana é:

Case de Teamwork na Natureza (um vídeo muito bom!). Vc pode baixar ou assistir no próprio 4shared (igual ao youtube), mas tem 45Mb!!! Terá que esperar um pouco, mas tá valendo!

Clique Aqui para ver.

Mensagem do Dia dos Pais (selecionei a melhor cena desse filme). Vc pode baixar ou assistir no próprio 4shared (igual ao youtube). Só tem 2 ou 3Mb!

Clique Aqui para ver.

05/08/2008

PMI Research Conference - 2008, Warsaw, Poland

Link do site: http://www.pmi.org/Value/default.htm

PMBOK® Glossary Terms and Definitions

Dentro desse banco de dados vc encontrará todos os termos e definições de gerenciamento de projetos descritos no Glossário do PMBOK® (3ª edição - 2004). Se vc está estudando para p exame PMP®, utilize esse site como flashcards para ajudá-lo a memorizar as definições.

03/08/2008

Scope Creep

Um dos grandes segredos do gerenciamento de projetos é proteger o seu escopo. Projetos que alteram o escopo durante sua execução têm sérias dificuldades em cumprir o cronograma e estouram o orçamento. O risco mais comum que envolve o escopo do projeto é o que o PMI chama de “scope creep”, quando o escopo vai crescendo à medida que o cliente vai entendendo suas necessidades e reformulando seus objetivos e essas entregas fogem co controle do gerenciamento do projeto.
Nas realizações de estimativas e medições em cada fase do ciclo de vida, o Gerente de Projeto pode determinar se os requisitos funcionais cresceram ou diminuíram; e se esta variação corresponde a novos requisitos ou a outros já existentes e que foram apenas mais detalhados.
Há quem chame este problema de “Jacques”. Seria uma homenagem a um francês ilustre? Não, trata-se apenas da forma como o cliente costuma abordar o assunto: “já que o sistema faz isso, ele pode então fazer aquilo.”
O gerente do projeto deve ser ponderado e analisar com cuidado cada demanda: ao rejeitar um pedido, ele pode se indispor com o cliente, mas se aceitar ele pode estar dando um tiro no próprio pé, já que o prazo e orçamento não serão tão “elásticos” quanto as exigências. No gerenciamento, já é recomendável a configuração de uma certa “margem de manobra”, mas nos tempos atuais, em que eficiência é a palavra que está na ordem do dia, não há muita “gordura para queimar” e os compromissos assumidos pelo gerente podem se transformar num sacrifício, muitas vezes desnecessário, para toda a equipe.

Em alguns projetos, o “scope creep” é uma situação tão comum que não dá para começá-los sem tomar algumas precauções. O primeiro cuidado é negociar a forma de remuneração: fixa ou variável. Se for fixa, o risco das mudanças está toda com o gerente do projeto, se for variável, o cliente assume os custos extras. Mesmo neste caso, o gerente do projeto deve cuidar para que o cliente seja informado a priori dos novos custos nos casos de variações, os chamados "aditivos".
Geralmente, gerentes financeiros não participam destas reuniões de escopo e podem alegar que não há previsão de recursos para os "aditivos",daí a importância dos relatórios de acompanhamento mantendo-os informados antecipadamente sobre as a novas condições porvir e evitar dissabores na hora do recebimento.

O segundo cuidado é documentar meticulosamente o escopo do projeto. Este documento resume o que será feito, com que características e com que recursos. Ele é um “quase-contrato”, pois não traz as cláusulas de rescisão e as penalidades. Neste momento, tudo está bem e todos concordam. Só que, na cabeça de cada um, há uma imagem diferente do que será o produto final.
À medida que este produto vai tomando forma e sendo entregue, o cliente vai vendo que o que ele imaginou “não é bem aquilo” e podem começar as decepções.

A satisfação do cliente depende em muito do que será dito e prometido no que costumam chamar de “pré-venda”. É neste momento que o gerente de projetos deve entrar em cena para meticulosa, cuidadosa e disciplinadamente escrever tudo o que o projeto deve entregar. Este processo é o “planejamento de escopo”. Esta tarefa pode ser delegada para um especialista experiente, mas a responsabilidade não deve sair nunca das mãos do gerente de projetos.

O terceiro cuidado é definir prioridades. O gerente de projetos deve ter a sensibilidade para identificar quais são os requisitos obrigatórios e quais os desejáveis, marcando cada um segundo com a sua prioridade. Isso evita que alguém arbitre o que é importante no lugar do cliente. Há gerentes de projeto que vão mais longe e pedem ao cliente para definir o que ele considera “sucesso” do projeto. Por exemplo, num projeto de TI, um sistema em que havia desperdício de 30% da matéria-prima, foi considerado sucesso reduzir esta taxa para 15%. Mas, este número ainda é alto, diria você. Sim, mas o cliente considerou que uma redução de 50% dos desperdícios já representaria benefícios suficientes que compensariam os investimentos no projeto. Além do mais, lembre-se de que: “o perfeito é inimigo do bom”.

Em suma: defina o escopo, meu filho!! Saiba exatamente o que deve ser feito, e unicamente isso, para atender a necessidade do cliente.

01/08/2008

Hoje é Sexta-feira!!!!!!!!!!!

Bom final de semana a todos!

A arrogância é um perigo, pois ela favorece o risco de liquidar o mais poderoso estoque que uma pessoa pode ter, o conhecimento. Não é o conhecimento que está nos livros, mas aquele que está em cada pessoa que temos contato.

Uma vez quando cheguei para dar uma palestra numa fábrica e havia um palco fixo, um pouco distante, vinte fileiras de vinte cadeiras. Não gostei da organização e para aproximar as cadeiras do palco, desci e comecei a puxar as cadeiras, uma por uma. Quando estava na quinta cadeira da primeira fila, alguns operários lá no fundo ofereceram ajuda. Eles perguntaram se podiam fazer de outra maneira. Como estava apressado, respondi que não e que se queriam ajudar, bastava dar continuidade ao que eu já havia começado. Ao fim, o chefe dos operários fez questão de me dizer seria mais fácil pegar apenas a última fileira e colocar na frente de todas as demais que daria o mesmo efeito. "Fui arrogante em não dividir o problema, pois achei que eu já sabia, que eu me bastava". Realmente o que comecei a fazer era uma solução, mas não a melhor.

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Outra vez, em uma fábrica paulista de uma das maiores multinacionais do planeta, havia um problema sério: na esteira de aço, no final do processo, vez ou outra, embalava-se uma caixa vazia. Para resolver o problema, dois engenheiros com pós-doutorado, durante três meses gastaram oito milhões de reais e chegaram a uma solução genial: um programa de computador acoplado a uma balança ultra-sensível, acusava diferença de peso toda vez que passava uma caixinha vazia; o sistema travava, e um braço hidráulico rejeitava a embalagem. Uma auditoria, cinco meses depois, apontou o funcionamento com sucesso, mas também que o sistema comprado pelos Engenheiros estava desligado há três meses. Ao serem perguntados o porquê disso, os operários contaram que tinham desligado o sistema porque aquele braço parava a esteira a todo momento e atrapalhava a produção deles e da fábrica. Ao pensar na solução do assunto, tiveram a idéia de fazer uma “vaquinha” e comprar um ventilador. Colocaram o ventilador ligado na frente da esteira e quando passava uma caixinha vazia, o vento a empurrava para fora da esteira a embalagem vazia sem ter que parar a produção. Uma solução de 30 reais mais eficaz e eficiente. Por que não foram envolvidos no problema antes?
Mario Cortella