30/05/2011

Gerência de Requisitos: a bala de prata para desvios de projetos

Em um projeto de consultoria q excedeu sua estimativa, o cliente insiste que o fornecedor absorva os custos extras. Quem paga?
Depende de como o contrato foi redigido. Mas, provavelmente o cliente está correto. Até porque a maioria das empresas de consultoria seguem a filosofia que "o cliente sempre tem a razão". Para os consultores executores, dói quando isso implica em perdas financeiras de um projeto que não atingiu seus objetivos de prazo.
Quando o cliente é interno, o orçamento do departamento sofre, mas a empresa como um todo pode contornar a situação. Agora quando é para um cliente externo... isso não fica bem.

Por isso é importante para o gerente do projeto a leitura do contrato detalhada.
O contrato deve mencionar os requisitos funcionais que descrevem o que o novo produto ou serviço deve oferecer para o cliente. E também, os requisitos técnicos que declaram os padrões de desempenho, compatibilidades, tamanhos e formas esperados. Por isso, é importante que sejam específicos e detalhados de forma objetiva.

Contratos geralmente são ignorados. Muitos gerentes de projetos acham que as cláusulas são de responsabilidade da parte jurídica ou financeira ou outra área qualquer, e não considera os impactos que o tipo do contrato pode ocasionar no sucesso financeiro de seus projetos.

Por exemplo, se o contrato prevê Preço Fixo, o consultor-GP estará comprometido legalmente a entregar o produto ou o serviço em um preço definido, independente do custo que possa ter. Basicamente, o fornecedor tomou a decisão de assumir o risco para si dos desvios de planejamento em termos de custos extras, sejam eles não planejados ou mal estimados. Nesse caso, o cliente está dentro dos seus direitos legais em insistir que a consultoria cubra os custos adicionais.

Todo gerente de projetos tem a melhor das intençoes qdo realiza estimativas. Mas, isso não basta. é importante que os requisitos dos clientes estejam desenvolvidos, e inclui-los no contrato, e a partir daí, conhecer e participar dos arranjos contratuais realizados pelas partes negociadoras. Somente assim o gerente de projetos entenderá os impactos reais nos momentos de desvios de projeto.

Se vc ler um contrato e perceber que não há parte sobre requisitos, saiba que prováveis problemas terá que enfrentar.

19/05/2011

Soldados podem lidar com a mudança, mas não com a incerteza



É importante fazer com as pessoas entendam a estratégia e a mensagem. E também se posicionar à frente delas para que possam entender a missão também.

Em uma entrevista, Colin Powell foi perguntado qual seria a coisa mais importante, e ele respondeu: “A coisa mais importante é que as tropas têm que entender para onde elas estão indo".

As pessoas não gostam de mudanças, mas elas conseguem gerenciar isso. O insuportável é a incerteza. E o trabalho atual das lideranças é eliminar incertezas.
 

Baseado em INSTANT MBA, advice from James J. Schiro, CEO of Zurich Financial Services:

16/05/2011

O maior dos ativos




“Certa manhã, na redação da extinta revista Manchete, seu fundador, Adolpho Bloch, estava junto à sua equipe de fotógrafos, vendo umas imagens premiadas pelo mundo.

Um dos fotógrafos comentou:

- Pô! Mas, também, o senhor tem que ver o equipamento deles! Só usam máquinas fotográficas de última geração!

Foi quando o sr. Adolpho, pegando no bolso sua caneta Montblanc de ouro, disse:

- Se vc pensa assim, então segure isso e me escreva uma linda poesia. “

Empresa Good To Great

Empresas “Good-to-Great” constroem um sistema consistente com restrições claras, porém dão liberdade e responsabilidade às pessoas dentro da estrutura de trabalho. Contratam pessoas auto-disciplinadas que não precisam ser gerenciadas. Então, gerenciam o sistema, e não pessoas. Essas pessoas também possuem a disciplina do pensamento, confrontam os fatos brutais da realidade, e ainda, têm fé que caminham na trilha da grandeza com ações disciplinadas”. [Livro Good-to-Great – Capítulo 6]


Lição de Henry Kissinger



Qdo Henry Kissinger deixou o governo e voltou à universidade para ser professor, ocorreu um fato muito famoso no mundo acadêmico e posteriormente no mundo dos negócios. Um dos seus alunos entregou o seu trabalho de conclusão de curso. Kissinger recebeu o material. Quatro dias depois, o aluno retorna e pergunta sobre o trabalho, queria saber o que ele tinha achado. E Kissinger disse ao aluno com pouco caso: "Esse é o melhor que você pode fazer?". O garoto ficou preocupado, afinal tinha se dedicado àquilo. Mas, pediu mais uma chance.

O aluno foi pra casa, trabalhou, buscou mais informações e enriqueceu o seu trabalho. Levou um bom tempo, mas concluiu e levou para o professor. Novamente, quatro dias depois, o aluno voltou ao escritório do famoso professor e pergunta sobre o seu trabalho. Kissinger disse com ar grave: “Vc tem certeza que é o melhor que pode fazer?” O aluno ficou receoso ao ver o professor irritado, se sentiu mal, repensou rapidamente em todo o seu trabalho, e pede uma última chance. Que dessa vez não iria decepcionar.

Estudou mais, validou com outros colegas, passou noites em claro, corrigiu alguns erros, e chegou no limite de não ter mais inspiração. Mesmo assim, buscou aqui, ali, tentou alguma coisa mais, melhorou um pouco e concluiu o seu trabalho. Voltou ao escritório de Kissinger, ainda com sintomas das longas noites de estudo: "Professor, está aqui o meu trabalho". O professor no mesmo instante perguntou: "Esse é o melhor que você pode fazer?" O rapaz, sabendo do seu esforço, se irritou, não pensou duas vezes e disse: "É, sim senhor! Pode ter a certeza que sim!". E o professor: "Ah, então agora eu vou começar a ler".

Kissinger durante a sua vida, recebeu muitos relatórios, trabalhos e projetos de várias fontes, frequentemente de muita importância. Ele lia todos, porém somente uma vez.

09/05/2011

Riscos do corte de custos

Corte de custos sempre foi uma necessidade na economia. Mas, deve ser feito com inteligência e de forma fundamentada, pois na prática implica que, além dos custos, outras coisas são cortadas no processo: 
O desempenho e a produtividade da equipe, a confiança e a moral do pessoal, o espírito de equipe que vc cuidadosamente nutriu... quando vc corta custos, sempre haverá o risco de cortar um desses benefícios juntos.




04/05/2011

Forewarned is forearmed




A expressão Forewarned is forearmed" é muito utilizada na Gestão de Riscos e significa que aquele que é possui as informações com antecedência possui uma vantagem: a de ter tempo para se preparar para um problema. 

A origem é complicada pq esse dito navega por vários idiomas e o que se sabe é que pertence à antiguidade.

A sua forma latina 'praemonitus, praemunitus' foi bastante utilizada nos documentos militares romanos. Até porque "praemunitus" quer dizer também "se armar com antecedência".