29/09/2011

Cisne Negro

Muitos associam um risco com caracterísitica de baixa probabilidade e alto impacto à teoria do Cisne Negro, sendo esse um evento altamente destrutivo e totalmente inesperado. Se sabe que isso faz parte da teoria, mas não é tudo. Sozinho, este evento pode ser encarado como um choque ou uma crise. A teoria do Cisne Negro também inclui a associação de um evento que possa invalidar uma hipótese largamente difundida – no caso original descrito no livro, a premissa  que todos os cisnes eram brancos. O livro conta que biólogos chegaram a conclusão de que somente existiam cisnes brancos e que isso tinha uma explicação racional. Essa teoria foi amplamente aceita e difundida,e a partir daí foram criados fundamentos para outras teorias diversas e novas conclusões. Mas, então, em uma exploração na Austrália, descobriu-se cisnes negroso que de imediato invalidou a premissa  e todas as teorias associadas. 
O terremoto japenês não foi um Cisne Negro. Para que fosse considerado um Cisne Negro deveria ter (até antes do evento) uma crença amplamente difundida e tida como verdade, que o Japão estivesse imune a terremotos devidos as razões variadas. O que não existia. No Japão sempre houve a crença de um tsunami devastador que mais cedo ou mais tarde atingiria a costa. Outra coisa, todos acreditam que são possíveis os acidentes em usinas nucleares. Se caísse um cometa em cima da usina, também não seria um Cisne Negro, pq sabemos que isso é possível, apesar de ser altamente improvável, o que torna para muitos o risco aceitável.

As crises financeiras não são Cisnes Negros. O mesmo com as revoluções no Oriente Médio. 
Cisnes Negros quase nunca ocorrem. E choques e crises ocorrem a todo o tempo.

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