16/09/2008

Teoria do Conhecimento - parte III

Aplicação ao mundo corporativo
Filósofos que trabalham na teoria do conhecimento procuram determinar quão boas nossas crenças são e quão boas poderiam ser.

Em uma empresa que constrói um conhecimento de forma racional e verdadeira, geralmente, um filósofo estará menos inclinado a sugerir mudanças radicais na forma de como essa empresa obtém novos conhecimentos e crenças.

Ao passo que nas empresas em que as crenças e conhecimento são um aglomerado de confusões e falsidades, então um filósofo terá tendência para sugerir formas muito diferentes de se obter novas crenças e novos conhecimentos ou, então, ficará estupefato.

As formas que os filósofos utilizam, geralmente, são aquelas que valorizam a razão, os dados e os fatos para que se torne desnecessário confiar na fé, na tradição ou na autoridade.

O objetivo do filósofo é identificar o que está por trás do que acreditamos estar explícito. Muitas empresas constróem seu conhecimento baseado em raciocínios de lições aprendidas, dados e fatos.

Mas, é fácil fazer erros ao raciocinar. Um pequeno erro pode fazer com que toda uma cadeia de raciocínios dê errado. Uma garantia consiste em verificar constantemente como é feito o raciocínio. Principalmemte, em um mundo onde muitas vezes, as coisas não são como as vemos.

Quando confiamos na visão e na audição formamos, frequentemente, crenças falsas. Uma razão para isto é haver muitas ilusões corporativas:
  • lobistas que geram conhecimento que não existe, mas baseado em fofocas (rádio-corredor);

  • oportunistas que levam fama e geram um conhecimento que não veio deles;

  • conhecimento baseado em cópias de outros autores;

  • scramble eggs, ou seja, jargões técnicos complexos que fica difícil duvidar que não seja verdadeiro;

Por que isso acontece?
Porque um dia, no passado, acreditou-se que isso era efetivamente conhecimento. Por isso, que os itens acima, geralmente, são encontrados nos funcionários mais antigos. Daí a importância de sempre renovar, pois o conhecimento sempre irá mudar.

Não devemos culpar os funcionários antigos por serem resistentes à mudanças. É algo inerente ao ser-humano. No decorrer da vida quotidiana aprendemos muitas rotinas de pensamento que funcionam bem, em particular se não pararmos para pensar nelas. Funcionários antigos, geralmente, já sabem exatamente o que fazer. Mas, se pintar algo novo... nesse momento que se separa o joio do trigo.

Por exemplo, todos as pessoas são muito boas em aritmética simples, desde que se mantenha no conjunto de contas do dia a dia. Se vc pedir a uma pessoa que diga rapidamente as razões pelas quais ela acredita que 340 - 89 = 251, provavelmente receberá uma resposta confusa ou errada.

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